O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) realizaram o Atlas da Violência de 2021 em parceria com o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Historicamente, o objetivo do atlas é o de retratar a violência no Brasil, abordando dados bem específicos sobre regiões do país, idade, gênero, sexualidade e raça. Na edição de 2021, novas seções foram inseridas: violência contra pessoas com deficiência e violência contra pessoas indígenas.
Um destaque que deve ser feito inicialmente, é o aumento significativo da violência no campo. Foram registrados, pelo relatório “Conflitos no Campo 2019”, da Comissão Pastoral da Terra, cinco conflitos por dia, em média. O dado representa o maior número em 10 anos, resultando em 32 assassinatos, sendo as principais vítimas: povos indígenas, trabalhadores sem-terra, assentados e lideranças da reforma agrária.
Outro ponto destacado no Atlas da Violência de 2021 é a violência policial e a ausência de mecanismos institucionais de controle do uso da força por agentes da segurança pública. O tema aparece no Atlas de duas formas: por meio do uso excessivo da violência pelas instituições policiais, como foi o caso de Jacarezinho, no Rio de Janeiro, e por meio da politização das instituições de segurança pública, principalmente as polícias militares. Esta, por sua vez, representa uma ameaça à paz social e à própria democracia.
O documento completa está disponível no link: https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/1375-atlasdaviolencia2021completo.pdf
#PraTodosVerem: Imagem com arte oficial do “Atlas da Violência 2021”, logo do Senso Crítico no canto inferior direito e com a seguinte legenda na parte superior esquerda: “Atlas da Violência de 2021 é lançado e aborda dados qualitativos que mostram o aumento da violência no Brasil”
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