No último dia 22 de abril, aconteceu, de maneira virtual, o encontro da Cúpula do Clima, organizado pelo governo dos Estados Unidos, para debater políticas ambientais. O Brasil foi um dos países convidados para discursar no evento e contou com uma fala do presidente Jair Bolsonaro. Em seu discurso, o presidente destacou o papel do Brasil na preservação do meio ambiente, no combate ao desmatamento, posicionou o Brasil na vanguarda do combate ao aquecimento global e à mudança climática e alegou ter fortalecido as verbas dos órgãos de filcalização ambiental.
Ao analisar o discurso de Bolsonaro na Cúpula do Clima e os dados da realidade, é possível identificar que em alguns pontos o presidente mentiu, ofereceu dados descontextualizados e omitiu algumas informações. Segundo o Notícias Uol, a respeito de duplicar os recursos destinados às ações de fiscalização, é possível perceber que Bolsonaro mente, já que o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, em ofício publicado, demonstrou estar sofrendo restrições financeiras. O próprio Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) teve o seu poder de multas diminuído por Salles.
Ao falar sobre as emissões de gases do efeito estufa, o presidente explora dados descontextualizados, já que, na verdade, o Brasil foi apontado, pelo Observatório do Clima, como o quinto maior emissor desses gases em 2019. O mesmo ocorreu com a apresentação de Bolsonaro sobre dados que envolvem o desmatamento da Amazônia, uma vez que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que houve um aumento do desmatamento na região de 9,5% no último ano. Isso representa o pior nível anual, desde 2008.
#Pracegover a imagem contém uma foto de Jair Bolsonaro discursando para a Cúpula do Clima.
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