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Comunidade Yanomami, que denunciou estupro e morte de jovem, é encontrada sem ninguém e incendiada


De acordo com uma matéria da Agência Brasil, entidades civis e órgãos federais acompanharam a denúncia de uma adolescente Yanomami que foi estuprada e morta por garimpeiros em Roraima, na comunidade Aracaçá. A FUNAI (Fundação Nacional do Índio) também afirmou em uma nota, que estava acompanhando o caso, colocando-se à disposição para os trabalhos de proteção à comunidade.

A entidade Hutukara Associação Yanomami (HAY) pronunciou-se também afirmando que estava acompanhando o caso e apurando os fatos, sinalizando que, com a confirmação de tudo, é importante entender que não se trata de um caso isolado, uma vez que casos de violência sexual contra crianças, adolescentes e mulheres Yanomamis é muito comum de serem praticados por garimpeiros invasores.

Após os ocorridos, segundo o Presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami, Júnior Hekurari, a aldeia Aracaça, em Roraima, foi totalmente incendiada. Hekurari relatou ao Mídia Ninja que, ao sobrevoar o local, foi possível ver a aldeia destruída e as 24 pessoas que viviam lá estão desaparecidas.

O garimpo ilegal vinha afetando os povos indígenas, mas o problema cresceu ainda mais nos últimos anos. De acordo com o relatório "Cicatrizes na floresta", lançado em Março de 2021 pelas organizações indígenas HAY (Hutukara Associação Yanomami) e Seduume (Associação Wanasseduume Ye'kwana) com assessoria técnica do ISA (Instituto Socioambiental), o Garimpo avançou consideravelmente no ano de 2020, chegando às terras indígenas. Segundo a HAY Comparado a 2020, o ano de 2021 teve avanço de 46% sobre as terras, a maior taxa desde 2018. Porém, para além do desmatamento, o garimpo gera outros riscos como a contaminação das águas dos rios, fonte de subsistência dos povos locais, e uma explosão dos casos de malária. Além disso, a associação relata o aumento da desnutrição e casos de exploração sexual em troca de alimentos.

#ParaTodosVerem: imagem com fundo cinza e foto de Aldeia Yanomami incendiada e vazia. Logo do Senso Crítico no canto inferior direito da imagem e a seguinte legenda na parte inferior esquerda: Comunidade Yanomami que denunciou estupro e morte de jovem é encontrada sem ninguém e incendiada.



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