Na quinta-feira, 25, a Comissão Mista Orçamentária (CMO) do congresso nacional deu o parecer final sobre o orçamento da União dirigido à realização do Censo 2021. O Censo demográfico, previsto para este ano, sofreu um corte de R$1,76 bilhões, o que torna a realização da pesquisa inviável. O orçamento inicial peido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) era de R$3,4 bilhões, mas, com a pressão do governo federal, o instituto reduziu o orçamento para R$2 bilhões em 2020. O Censo é a principal forma de coleta de dados populacionais no país e acontece a cada dez anos em datas terminadas com números redondos, no entanto, devido à pandemia, a contagem de 2020 foi adiada para 2021. É válido ressaltar que, desde o início do governo Bolsonaro, o Censo demográfico é pauta conflituosa por causa de verba.
E quais são as problemáticas que envolvem esse corte orçamentário? Em uma nota, o IBGE pontuou que as informações fornecidas pelo Censo são essenciais para a elaboração de políticas públicas, das mais diversas áreas. Assim, sobretudo em um ano pandêmico, esses dados seriam fundamentais para a organização de uma campanha de vacinação e outras estratégias de combate à COVID-19. Além disso, são esses materiais fornecidos pelo censo que são utilizados para o repasse de recursos para organização do Bolsa Família, do Fundo de Participação dos Estados e Municípios, para políticas de educação, de saúde e para transferência de renda.
Diante disso, fica perceptível a gravidade que envolve o corte orçamentário do Censo demográfico, já que, os dados fornecidos por essa pesquisa são bases para a consolidação de políticas que efetivam os direitos básicos da população.
#PraCegoVer: Imagem mostra um desenho de bonecos e um gráfico para a representação do Censo.
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