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CRIME SEM SOLUÇÃO? DOIS ANOS DO ASSASSINADO DE EVALDO E LUCIANO MORTOS COM 80 TIROS PELO EXÉRCITO


#TBTCrítico Há dois anos, no dia 7 de abril de 2019, o músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, foi morto a tiros pelo exército no Rio de Janeiro. Evaldo e sua família estavam indo para um chá de bebê quando o carro em que estavam foi atingido por mais de oitenta tiros, após ter sido confundido com um veículo de criminosos. Evaldo morreu no local e o catador Luciano Macedo, que tentou socorrer a família, também foi atingido e faleceu dez dias depois, no hospital.

Passados dois anos do ocorrido não houve nenhuma responsabilização penal dos militares do Exército envolvidos no crime.

Por ser um crime cometido por militares do Exército, compete à Justiça Militar tratar o caso, como instância especial do judiciário brasileiro que processa e julga os crimes militares definidos em lei. Segundo uma matéria da Ponte, na época da ocorrência do crime, a promotoria militar chegou a pedir a responsabilização criminal do general que ordenou a ação. Por outro lado, a Procuradoria-Geral da Justiça Militar arquivou a queixa, conforme história revelada pela Agência Pública no ano de 2020. Vale ressaltar que em 2019, à época do crime, o presidente Bolsonaro pronunciou-se publicamente a respeito do assassinato de Evaldo, proferindo as seguintes palavras: "O Exército não matou ninguém, não. O Exército é do povo e não pode acusar o povo de ser assassino, não. Houve um incidente, uma morte".

Hoje, os 12 militares envolvidos respondem pelos seguintes crimes: homicídio doloso, tentativa de homicídio e omissão de socorro. E, por serem julgados pela Justiça Militar, os réus não irão a júri popular. Além disso, o julgamento que estava marcado para o dia 07/04/2021 foi adiado em função da pandemia, e ainda não tem previsão de quando irá ocorrer.


#Pracegover A imagem mostra uma foto do carro de Evaldo com marcas de tiros.


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