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Deserto do Atacama (Chile) é dominado por lixão de roupas descartadas de outros continentes


Por causa do excessivo consumo de roupas, o desperdício têxtil tem crescido de forma exponencial no mundo. Uma matéria do G1.com (10/11) mostrou isso de forma bem nítida, ao expor a paisagem do deserto do Atacama (Chile) que tem sido abrigo de um enorme lixão clandestino de roupas descartadas dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia. De acordo com a matéria, o lixo cresce cerca de 59 mil toneladas por ano, formando montanhas de roupas. O país é o maior importador de roupas da América Latina, tendo estabelecido um comércio forte de “roupas americanas”, que é mantido pelos Estados Unidos, pelo Canadá, pela Europa e pela Ásia.

A indústria do Fast Fashion é, há muito tempo, alvo de denúncias por uso de trabalho análogo a escravidão, no qual mulheres e crianças em países da periferia do capitalismo, como Bangladesh, tem seus direitos violados, visto que trabalham em condições degradantes por longas horas sem descanso. Soma-se a isso o impacto ambiental deixado por essa indústria. Além do elevado desperdício de água, utilizada na produção das roupas, os tecidos contém produtos químicos que aumentam o risco de incêndio e, ao serem absorvidos pela terra, correm o risco de contaminar os corpos d’água no subsolo do deserto, o que afeta a população das comunidades próximas ao local, como Alto Hospício e Iquique.

Foto: Reprodução G1/Martin Bernetti/AFP


#ParaTodosVerem: imagem com foto de mulheres e crianças em meio a uma montanha no lixão de roupas descartadas. Logo do Senso Crítico no canto superior direito e a seguinte legenda na foto: Deserto do Atacama (Chile) é dominado por lixão de roupas descartadas dos EUA, da Europa e da Ásia”.


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