
Segundo dados do IPEA (Nota Técnica nº73) o número de pessoas que vivem em situação de rua no país aumentou significativamente entre 2012 e 2020. A má gestão da pandemia e o desmonte de políticas sociais, tornaram a situação ainda mais grave. Nesse contexto, as pessoas em situação de rua precisam enfrentar violência, exposição à COVID-19 e as baixas temperaturas que atingiram o sudeste do país em Junho deste ano e levaram diversas pessoas à morte. Por outro lado, o segmento de luxo aumentou suas vendas de forma considerável. o valor das vendas dos imóveis de luxo atingiu R$9,4 bilhões até setembro deste ano, quase o dobro do valor do mesmo período do ano passado, na grande São Paulo. Ou seja, enquanto existem pessoas que podem comprar imóveis de luxo, há também famílias vivendo nas ruas ou enfrentando o risco do despejo.
Além disso, as práticas de aporofobia, ou seja, de aversão, repulsa e nojo a pessoas pobres, têm ganhado espaço e se intensificado em grandes e pequenos centros urbanos. Assim, a construção de pequenas e grandes barreiras físicas em espaços vazios nas cidades, demonstram isso muito bem, como a fixação de pedras debaixo de viadutos, bem como de grades e de metais pontiagudos em locais semelhantes. Movimentos sociais, organizações e lideranças vêm denunciando, constantemente, a crise humanitária a qual o capitalismo está promovendo e que vem escancarando as desigualdades sociais e práticas de desumanização das pessoas pobres.
Foto: Tuca Vieira
A foto, tirada em 2004, que mostra a Favela de Paraisópolis ao lado de um condomínio de luxo no Morumbi, ficou famosa por representar a gritante desigualdade na cidade de São Paulo
#ParaTodosVerem a imagem contém uma foto aérea da fronteira entre Paraisópolis e Morumbi, abaixo está a Tag #TBTCrítico com a manchete “Enquanto aporofobia e falta de habitação marcam a realidade de parte dos brasileiros, outros estão comprando imóveis de luxo.” e no canto superior direito está o logo do Senso Crítico.
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