Indígenas Yanomami estão sofrendo com surto de malária, desnutrição, sobretudo a infantil, falta de medicamentos e atendimento médico em suas terras. Para piorar a situação, a FUNAI, órgão oficial do Estado brasileiro, proibiu a entrada de uma equipe de profissionais da saúde da FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz) nas terras Yanomami. De acordo com uma matéria do portal “Notícia Preta” (novembro de 2021), o vice-presidente da Hutukara, associação que representa o povo Yanomami, Dário Kopenawa, criticou e questionou a medida da FUNAI, que barrou a assistência à saúde aos indígenas, mas não faz o mesmo em relação aos garimpeiros.
Segundo o G1.com, diante da repercussão do problema, o ministro Luís Roberto Barroso cobrou adoção de medidas por parte do Governo Bolsonaro, em relação à situação de calamidade que o povo Yanomami enfrenta. Apesar disso, a Advocacia Geral da União (AGU) enviou ao STF um documento que afirma que o Governo tem trabalhado para combater tais questões.
Diversas lideranças indígenas já vinham denunciando as condições em que se encontram os povos Yanomamis. Além do problema dos altos índices de desnutrição e da Malária, ativistas denunciam a presença do garimpo no local e o descaso do Governo Federal em lidar com essa questão. O garimpo, que aumentou consideravelmente em 2020, como mostra o relatório “Cicatrizes da Floresta”, da HAY (Hutukara Associação Yanomami), gera riscos de contaminação das águas dos rios, que são a principal fonte de subsistência desses povos. Ademais, os garimpeiros agem de forma extremamente violenta, promovendo ataques armados contra as aldeias.
#ParaTodosVerem: imagem com foto de indígenas Yanomami juntos. Logo do Senso Crítico no canto superior direito e a seguinte legenda na parte inferior acompanhada da #TBTCrítico: “Desnutrição, surto de malária, falta de medicamentos e de assistência à saúde: a realidade dos Yanomamis e o descaso do Governo”.
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