Há mais de 100 anos o Brasil desistia de sediar a Copa América por causa da pandemia da gripe espanhola. Já na última semana, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou o Brasil como a nova sede para a Copa América. Assim, apesar dos 473 mil óbitos pela COVID-19 (Wikipédia, 07/06), do lento processo de vacinação, da sobrecarga do sistema de saúde, e da situação difícil que o país enfrenta, o governo Bolsonaro aceitou sediar a Copa América, agora em 2021.
A notícia gerou revolta entre brasileiras e brasileiros, que subiram a hashtag #NãoVaiTerCopa no Twitter e em outras redes sociais. Além disso, jornalistas esportivos, como por exemplo Luís Roberto, do Grupo Globo, posicionaram-se contrários à decisão do governo e expressaram sua indignação com a atitude tomada. Jogadores da seleção também foram críticos e estavam decidindo se iriam ou não participar da Copa. O técnico do time, conhecido popularmente como Tite, apoiou os jogadores nesse sentido. Tanto os jogadores quanto o treinador receberam críticas de Bolsonaro e Mourão a respeito dos posicionamentos (globoesporte.com, 07/06).
Contudo, apesar da indignação, os jogadores decidiram, na manhã de segunda-feira, dia 8, participar do campeonato. Além da seleção brasileira, a seleção da Argentina, que também estava relutante em jogar, optou por permanecer no campeonato. Originalmente, a Copa América seria na Argentinae na Colômbia, mas as preocupações com a COVID-19 e os protestos que vêm ocorrendo na Colômbia, fizeram os países desistirem de sediar a competição.
Imagem: Charge de ZéDassilva
#PraCegoVer: Imagem com uma charge de fundo que mostra um goleiro tentando jogar um spray para “matar” a bola que está em um formato do desenho do coronavírus. Logo do senso crítico na parte superior esquerda e manchete na parte inferior: Em meio à situação crítica da pandemia da covid-19, Brasil vai sediar a Copa América.
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