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Fome no Brasil: realidade que marca o aumento da desigualdade social no país.


No primeiro semestre de 2021, o Senso Crítico noticiou o retorno da fome no Brasil e a forma que os principais veículos midiáticos relativizavam o problema. O relatório conduzido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), em Dezembro de 2020, mostrou que o Brasil vinha passando por um progresso nos níveis de segurança alimentar, que se inverteu a partir de 2013, quando a insegurança alimentar voltou a crescer e atingiu níveis mais agudos entre 2018 e 2020. Atualmente, segundo o mesmo relatório, 19,1 milhões de pessoas estão passando fome no país e sofrem com o quadro de insegurança alimentar grave. Por outro lado, os grandes veículos de mídia relativizaram o problema e chegaram a produzir notícias que sugeriam, por exemplo, formas de comer pão mofado ou insetos.

Agora, vemos uma piora da situação, que está visível em nossa realidade. Diante disso, no dia 29/09/2021, em sua segunda edição, o jornal “Extra” (número 9.168) trouxe em sua capa uma imagem chocante de pessoas pegando ossos de animais mortos para levarem para suas casas e se alimentarem. Um trecho da matéria também é revelado em um canto da imagem, em que um motorista de caminhão que transporta esses ossos afirma que antes esses ossos eram dados para cachorros e hoje as pessoas pegam, de forma desesperada, para fazer comida. Essa é uma das faces da fome no Brasil. O motorista também afirma que é doloroso ver essas cenas, vindas de um país tão rico.

É primordial destacar que esse é um dos sintomas do aumento da desigualdade social no Brasil, porque enquanto essa realidade é marcante, o país “ganhou” 40 novos bilionários, segundo a Forbes (2021).


Fonte das Imagens: 1- Capa do Jornal Extra- 2ª Ed; nº 9.168 (29/09)

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