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Loja da Zara criou código para alertar os funcionários sobre a entrada de clientes negros.


No dia 14 de setembro de 2021 a delegada Ana Paula Barroso denunciou a loja Zara por racismo após ter sido impedida de ficar em um dos estabelecimentos da empresa, no Shopping Iguatemi, em Fortaleza. A loja alega que barrou a permanência da delegada no local por ela estar sem máscara de proteção contra a COVID-19. Porém, as câmeras de segurança do estabelecimento mostraram que, no mesmo dia, outras pessoas brancas foram atendidas normalmente sem máscara. Além disso, Ana Paula afirmou ter notado uma abordagem preconceituosa por parte da loja.

Após o ocorrido com a delegada, a Polícia Civil de Fortaleza iniciou uma investigação que mostrou indícios de que a loja discrimina clientes pela cor da pele. Segundo a polícia, a loja utiliza o código “Zara zerou”, transmitido para os funcionários pelos alto-falantes internos, para alertar sobre a entrada de “suspeitos potenciais”, que são, em geral, pessoas negras com vestimentas simples.

Esta, no entanto, não é a primeira vez que a zara gera repercussão. A marca é uma rede de lojas que faz parte da multinacional têxtil Inditex voltada para o Fast Fashion. O Fast Fashion é caracterizado pela capacidade de responder e interpretar as tendências de consumo e oferecer uma resposta em um curto prazo, com um preço baixo. Para manter esse modelo de produção, a loja foi, em 2011, acusada de utilizar trabalho análogo a escravidão em suas oficinas de costura.


#ParaTodosVerem a imagem contém uma foto da fachada da loja Zara, acima está a manchete “Gigante do Fast Fashion, Zara, criou código para alertar os funcionários sobre a entrada de clientes negros".


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