O 11 de Setembro deste ano marca, no Chile, 48 anos do golpe militar de Pinochet. No ano de 1973, o presidente da época, Salvador Allende, um dos fundadores do partido socialista, foi destituído do poder, na metade de seu mandato. Allende foi eleito pela Unidade Popular, entidade que reunia diversas organizações sociais do Chile. Após o golpe, o país passou a ser comandado por Augusto Pinochet e as forças armadas, em um regime autoritário, até o ano de 1990. Esse período foi marcado pela ascensão de políticas neoliberais, com o apoio dos Estados Unidos, bem como perseguição, prisão, tortura e assassinato de opositores.
Mesmo com a redemocratização do país, até hoje o país sofre com as consequências do regime, que gerou uma das sociedades mais desiguais do mundo (Brasil de Fato, setembro/2021). Além disso, foi apenas em 2021 que o país conseguiu instituir a sua Assembleia Constituinte para superar os resquícios da ditadura.
Para lembrar do evento, milhares de manifestantes com bandeiras do país e de partidos de esquerda, marcharam pela Alameda, principal avenida de Santiago, e caminharam até o cemitério geral da cidade, no dia 11/09. As manifestações registraram incêndios, destruição de pontos de transporte e confronto com a polícia. Centenas de pessoas também deixaram flores no monumento de Allende no palácio La Moneda, algo que já é tradição no país, nesta data. Ademais, o 11 de Setembro deste ano se dá em um contexto de uma eleição presidencial e da escrita de uma nova constituição, que substituirá a herdada de Pinochet.
#PraTodosVerem: imagem com foto das manifestações ocorridas dia 11/09/2021, no Chile, para lembrar o golpe militar de 1973, que levou o país a uma ditadura de 17 anos. Legenda com a #TbtCrítico e a frase “Manifestações marcam os 48 anos do golpe militar que destituiu Salvador Allende e levou o Chile à ditadura de Pinochet”. Logo do Senso Crítico no canto inferior direito.
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