
Há 55 dias, a China vetou as importações de carnes brasileiras, devido a uma notificação de dois casos de vaca louca em Minas Gerais e no Mato Grosso. O país, no entanto, é responsável por quase metade das vendas de carne brasileira para outros países, assim as exportações diminuíram significativamente. Segundo dados da Abrafrigo, as exportações brasileiras de carnes bovinas já atingiram 1,6 milhão de toneladas, uma queda de 2,4% em relação ao acumulado no mesmo período do ano passado. Por outro lado, em receitas, houve um crescimento de 16%, já que neste ano, o produto está mais caro no mercado internacional. Ademais, as carnes que não são exportadas são armazenadas em frigoríficos, no lugar de serem direcionadas ao mercado interno, o que contribui para manter os elevados preços do produto nos mercados brasileiros.
Enquanto isso, a população brasileira tem que arcar com os altos preços da carne para o próprio consumo. É preciso compreender que isso gerou uma situação muito grave em nosso país, já que a carne fazia parte da base da alimentação de muitas famílias brasileiras, e agora, isso é insustentável, sobretudo em um contexto em que diversos e constantes são os aumentos dos preços de produtos básicos de alimentação, higiene, além das contas a serem pagas. Assim, imagens como a de pessoas fazendo fila para pegar ossos de animais mortos em açougues, ou de pessoas revirando o lixo para pegarem ossos ou restos de carne que são descartados, passaram a ser comuns, apesar de não serem tão divulgadas como deveriam.
#ParaTodosVerem: Imagem com foto de trabalhadores da indústria da carne cortando pedaços de carne crua. Logo do Senso Crítico no canto inferior direito e a seguinte legenda na parte superior: “Mesmo com veto à exportação de carne à China, as carnes brasileiras não retornam ao mercado interno e continuam com preços muito elevados”.
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