Segundo reportagem do G1.com, nos últimos dias na região norte de Moçambique, após três anos de constantes ataques violentos por Jihadistas, do grupo al-Shabab, chegou ao auge um significativo conflito. Existe uma sequência de crimes e de violações sendo praticadas pelo referido grupo, tais como assassinatos, sequestro de mulheres e de crianças e, até mesmo, decapitações que são gravadas e divulgadas, conforme o interesse do grupo. Os Jihadistas também aproveitam a situação de desemprego avançado no país, assim como da pobreza registrada, para recrutarem jovens que são usados para manter o domínio islâmico na região. O grupo responsável pelos ataques em Moçambique alega que são vinculados ao Estado Islâmico (EI). Assim como age o EI, o grupo segue um padrão de ação, que consiste em atacar e estimular insurgências em países pobres, principalmente quando estes estão passando por crises econômicas ou políticas, quando são comuns que exército e policiamento estejam enfraquecidos. O Estado Islâmico busca estabelecer um Califado na região, ou seja, um Estado de confissão e fé islâmica. No entanto, o conflito não é essencialmente religioso e, segundo Liesl Louw-Vaudran, pesquisadora do Instituto de Estudos de Segurança de Pretória, os ataques podem ter uma motivação econômica, visto que começaram a acontecer pouco depois da descoberta de uma reserva de gás natural na região.
O governo de Moçambique classifica os envolvidos nos atos como criminosos comuns, passando a impedir a cobertura jornalística nos locais. Mas, ao tentar recuperar o território tomado pelos jihadistas, o governo está sendo autor de diversas violações de Direitos Humanos. A população civil está sendo vítima de prisões, sem julgamento prévio, acompanhadas de torturas por parte de agentes do Estado.
Foto: Roberto Paquete/ DW.
#PraCegoVer: Imagem com uma foto em preto e branco de membros do grupo al-Shabab de costas caminhando com trajes de guerra e armados. Logo do Senso Crítico no canto superior esquerdo da imagem e com a seguinte manchete na parte inferior da imagem: Moçambique sofre uma série de ataques por parte de grupo Jihadista, al-Shabab.
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