Eliana Gonzaga de Jesus, primeira mulher negra eleita prefeita do município de Cachoeira na Bahia, está recebendo uma série de ameaças de morte e avisos para que renuncie ao cargo. As ameaças também se direcionam aos membros de sua família. Eliana se elegeu nas últimas eleições municipais pelo partido Republicanos, após disputar contra Fernando Pereira (PSD), importante empresário da região. Pouco antes das eleições Eliana recebeu uma ligação, na qual pôde ouvir uma rajada de tiros do outro lado da linha. Assim, passou a andar com escolta armada e carro blindado. Em Abril, durante uma campanha de vacinação contra a COVID-19, foi abordada por dois homens de moto. Apesar das ameaças, Eliana já deixou claro que não pretende renunciar ao cargo.
Além disso, de acordo com o “bahianoticias.com.br” (abril/2021), Eliana afirmou que dois militantes que atuaram de forma ativa em sua campanha política foram assassinados. Um foi Ivan Passos, morto em novembro de 2020, dois dias após a vitória da candidata nas eleições municipais e o outro foi Georlando Silva, morto em março de 2020. A Prefeita de Cachoeira também afirma que ajudou várias pessoas da região como uma forma de tentar protegê-las de ações criminosas como as que já ocorreram.
"Eu tenho certeza que se eu não tivesse a minha pele negra, se eu não tivesse vindo da família que eu venho, de baixa renda, que representa uma categoria de trabalhadores, porque nós somos militantes sindicais, representando a agricultura familiar, isso não estaria acontecendo", disse Eliana Gonzaga a uma matéria do G1.com (abril/2021). É preciso dar necessária visibilidade e seriedade para este caso, já que ameaças e crimes como esses representam um forte ataque à democracia do país.
#Pracegover a imagem contém uma foto de Eliana Gonzaga falando em um microfone. No canto superior esquerdo está o logo do Senso Crítico e, abaixo, está a manchete:
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