O Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC) elaborou um relatório a respeito do Orçamento da União em 2020, com o título: “Um país sufocado – balanço do Orçamento Geral da União 2020”. As informações apresentadas no mesmo mostram que o governo federal deixou de gastar R$ 80,7 bilhões do orçamento que eram destinados a conter as sequelas da pandemia da COVID-19. Para entender melhor esse valor, o Inesc explica que esse valor seria correspondente ao financiamento de um ano do programa Bolsa Família. As consequências disso atingiram não só a área da saúde, mas também políticas públicas que relacionam-se com as áreas da educação, do meio ambiente e do direito à cidade.
A redução no orçamento e a pandemia geraram consequências para a educação no país. Segundo dados da PNAD (Pesquisa nacional de amostra por domicílio), o orçamento para a educação no Brasil vêm diminuindo desde 2016, porém com a pandemia, os alunos que não tem acesso a internet, que, segundo o relatório Brasil sufocado do INESC, no ensino fundamental são 4,4 milhões de estudantes, ficaram sem a possibilidade de acompanhar as aulas, o que, por sua vez, aprofundou as desigualdade no acesso. Assim, o orçamento mais limitado para o setor educacional e a administração do Ministério da educação, que na quarentena delegou a gestão para os Estados, ficou mais difícil estabelecer políticas públicas para lidar com essas desigualdades. Ademais, outros setores da educação, como a EJA (educação para Jovens e Adultos) e as bolsas de permanência, sofreram diversos cortes orçamentários.
Foto: USP Imagens.
#PraCegoVer: Imagem com uma foto em preto e branco de uma pessoa escrevendo em um caderno e assistindo uma aula pelo celular que está em sua outra mão. Logo do Senso Crítico na parte superior esquerda da imagem
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