Para quem não sabe ou não está acompanhando, CPI é uma Comissão Parlamentar de Inquérito e é uma forma de investigação guiada pelo Poder Legislativo. No caso da CPI da Pandemia, ela está investigando as omissões e as irregularidades do governo federal na gestão de tudo que envolve o contexto pandêmico.
Uma reportagem do G1.com (27/04) mostra que o governo Bolsonaro recusou onze ofertas de vacinas contra a COVID-19, situação esta que veio à público com a CPI da Pandemia, por meio de registros documentais já conhecidos pelos parlamentares. Seis dessas recusas foram em relação à Coronavac, oferecidas pelo Instituto Butantã, outras três foram em relação às vacinas produzidas pela Pfizer e outras duas negativas à participação do consórcio da Covax Facility.
Além da recusa da compra das vacinas, o governo, durante a pandemia, promoveu uma série de ataques à China, maior parceiro comercial do Brasil. Na CPI, Ernesto Araújo, ex Ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro, negou os ataques contra a China, porém Omar Aziz, presidente da Comissão, lembrou da associação que o ministro fez entre a pandemia e o governo chinês em um artigo publicado em Abril de 2020, no qual chama o vírus de “Comunavírus”. A crise diplomática com a China foi um fator fundamental na falta de insumos para a produção das vacinas, visto que o país é o principal fornecedor desses materiais. Assim, o Instituto Butantã anunciou, no último dia 14, que pararia com as produções da Coronavac e, na última quarta-feira, dia 19, a Fiocruz pausou a produção da AstraZeneca, o que leva a um enorme atraso na vacinação no Brasil.
#PraCegoVer: Imagem com uma foto em preto e branco de uma mão calçada com luvas cirúrgicas segurando uma seringa e um frasco com dose de vacina contra a COVID-19. #TBTCrítico no canto superior esquerdo da imagem e com a seguinte legenda “Má gestão da pandemia pelo governo Bolsonaro: CPI e situação das vacinas no Brasil”.
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