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27 ANOS DO MOVIMENTO ZAPATISTA: HISTÓRIA E LUTA NA REGIÃO DO CHIAPAS


Com inspiração nas lutas de Emiliano Zapata contra o regime autocrata de Porfírio Diaz e em sua liderança na Revolução Mexicana em 1910, surgiu o movimento maxicano dos Zapatistas, cuja maior visibilidade se deu em 1994, ao defender uma uma forte e estruturada oposição ao NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio), sobretudo quando a região de Chiapas, sede do movimento, passou a ser debatida nesse mercado. O movimento Zapatista foi formado por camponeses e por grupos indígenas e, até hoje, busca a concretização e a efetivação de direitos, bem como a proteção e a divulgação da história, da cultura e dos costumes indígenas da região e de seus antepassados. O movimento não objetiva guerra ou qualquer tipo de prática violenta, mas, devido ao comprometimento de seus direitos, teve a necessidade de se proteger e de se fortalecer militarmente, organizando-se em forma de guerrilhas.

Após 27 anos do levante de 1994, o movimento Zapatista continua promovendo uma prática de autonomia nas esferas da política, do sistema de justiça, da economia, da polícia, da saúde e da educação. Os princípios são pautados na crítica à democracia representativa ocidental, e em defesa da noção neozapatista do “mandar obedecendo”, ou seja, uma organização horizontal e vertical, na qual as decisões são tomadas após um longo processo de consultas às comunidades. O movimento, segundo reportagem do Le Monde Diplomatique de Agosta de 2017, é visto como uma experiência bem sucedida de governança autônoma, considerando sua longa duração como autogoverno em uma sociedade capitalista.



Foto: José Villa | Wikicommons


#PraCegoVer: imagem com uma foto em preto e branco do Subcomandante Marcos montado em um cavalo. Logo do Senso Crítico no canto superior esquerdo da imagem


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