Há 20 anos, entre os meses de maio de 2001 e março de 2002, sete mulheres foram assassinadas na região do Cariri no Ceará. Os crimes aconteceram nos municípios de Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Missão Velha, Brejo Santo e Araripe. Os crimes foram arquitetados pela organização criminosa conhecida como “Escritório do Crime” por queima de arquivo, pois as vítimas tinham alguma relação com membros da organização. Thelma, Ana Amélia, Vanesca, Eliane, Edilene, Alessandra e Aparecida foram violentadas e, em seguida, assassinadas. O “Escritório do crime” roubava bancos, praticava pistolagem e assassinatos por encomenda. Segundo matéria do G1 do dia 3 de junho, a organização ainda tinha membros que exerciam a função de matar mulheres. Até então, a única pessoa julgada no caso foi Sérgio Brasil Rolim apontado como mentor das execuções, no entanto parte da operação continua sem desfecho.
O G1.com (junho de 2021) trouxe em sua matéria que o delegado Marcos Antônio do Santos, da Polícia Civil, explicou que algumas vítimas foram mortas por motivos passionais e outras por queima de arquivo. Entretanto, o que levanta alguns questionamentos a respeito disso é o fato de que as sete vítimas do escritório eram todas mulheres, além da brutalidade que envolveu a forma com que as vítimas foram assassinadas. Os corpos das mulheres eram mutilados e incendiados. Um laudo mostrou que uma das vítimas foi queimada quando ainda estava com vida. Diante disso, percebe-se que o que marca esses crimes é a violência de gênero, como muito bem pontua a professora Mara Guedes, vice-presidente do Conselho da Mulher Cratense, para a reportagem.
#Pracegover a imagem contém uma foto de uma mesa com fotografias das mulheres de fundo, no canto superior esquerdo está a Hashtag #TBTCrítico e logo abaixo está a manchete: “Há 20 anos, sete mulheres foram assassinadas na região do Cariri no Ceará. Até hoje, só uma pessoa foi julgada e o caso continua sem desfecho".
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