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O ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA NO ACRE E O DESCASO DOS GOVERNOS ESTADUAL E FEDERAL


Foto por: Waterlat-Gobacit

Nos últimos dias, a Hashtag #SOSAcre foi destaque nas redes sociais devido à situação em que a população do Estado do Acre, sobretudo a parcela mais pobre, está enfrentando. Em decreto no diário oficial, publicado na Segunda-feira, 22/02, o governo decretou Estado de calamidade pública em dez municípios, incluindo a capital, Rio Branco. Isso porque, as enchentes causadas pela alta no nível dos rios têm afetado cerca de 130 mil pessoas, que se encontram em abrigos. No diário oficial, o governo ainda menciona que o aumento dos casos de COVID-19 exige maior quantidade de capital financeiro e humano, visto que os abrigos para os afetados pelas enchentes devem seguir os protocolos sanitários. No Estado, foram confirmados 53.590 casos de Coronavírus, tendo sido alcançado 91,5% dos leitos de UTI ocupados, segundo o boletim da Secretaria de Saúde do Estado do Acre, do dia 23/02. Somado a pandemia, o Acre enfrenta também o aumento do número de casos de Dengue.

A situação se agrava com a crise migratória na fronteira com o Peru. Cerca de 300 imigrantes haitianos estão tentando atravessar a fronteira com o Peru, na tentativa de chegar à América do Norte, porém o país fechou a fronteira devido à pandemia. A rota é a mesma utilizada para entrar no Brasil quando imigrantes haitianos chegaram ao país na última década. Atualmente devido a crise econômica e ao desemprego, eles buscam outro destino.

Diante dessa realidade, é preciso ter em mente que a constante violação de direitos da população, a precarização do SUS, bem como o descaso dos governos Estadual e Federal foram (e ainda são) as principais causas para o Acre ter chegado nesse estado de calamidade pública.

#Pracegover a imagem mostra uma visão aérea das enchentes no Acre



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